Deixar ir, deixar vir...

Nos últimos dias sigo envolvida por diversos sentimentos. Sigo vivenciando processos de morte e vida, e confesso que não está sendo fácil. Tantas certezas que a gente carrega na mochila e o Universo vem e nos surpreende com algo muito significativo chamado: #MUDANÇA.
Construir um vínculo sempre foi algo muito valoroso para mim, apesar de, como todos os seres do mundo, eu tb errei e erro com cada um que construí e sigo construindo ao longo da vida. É difícil entender que determinados vínculos não serão como antes, ou sofreram alterações que assustam por hora.
Eu digo que sempre tento doar o melhor que tenho, mas isso nem sempre é possível, e realmente quem permanece na minha vida é pq já compreendeu isso. Tenho minhas ausências, por vezes uma baixa frequência afetiva, mas costumo buscar pedir desculpas quando reconheço que errei, coisas difíceis há um tempo. Mas, tô conseguindo cuidar disso. É necessário! Carregar mágoa é carregar peso extra e eu não quero.
No meio do furacão emocional que fui tomada, eu percebi no quanto algumas pessoas são tão importantes pra mim, no quanto desejo compartilhar a vida, as risadas, e o sucesso. Gente que passo meses sem mandar um "oi", mas quem sempre lembro diante das notícias importantes. Gente que falo todos os dias, compartilho meme e possuem a mesma importância das que eu mal falo. E tudo bem! Ta tudo bem...
Um vínculo não se torna inexistente por não ser frequente. Enquanto houver respeito, confiança e fé na importância do outro na sua vida, o vínculo permanecerá presente, na mesma intensidade. E que haja sabedoria para se levantar quando perceber que a outra pessoa não te reconhece dentro dessa lógica, não te inclui e não te quer dentro da vida dela, e tudo bem tb! A gente precisa aceitar que distanciamentos existem antes mesmo da pandemia. A necessidade de isolar-se, e concluir que algumas pessoas não fazem parte da sua vida, é normal! Viver é cíclico, e a cada volta, algumas peças podem sair. E que saibamos aceitar a saída, sem dor, sem danos. Pq com o passar dos anos, se acostumar com os rompimentos e partidas é um exercício diário. Esteja em forma.
Texto: Natália Rufino