Liberdade ao povo negro - 13 de maio
Mesmo depois de mais de um século, constata-se o impacto da falsa abolição na vida do povo negro. Realmente existe liberdade para pessoas negras no Brasil?
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística de 2016 mostram que entre os 10% mais pobres da população brasileira, 78,5% são negros (pretos ou pardos), contra 20,8% brancos. Essa exclusão social é reflexo da escravidão e pós abolição, visto que não implementaram medidas para inserir a comunidade negra na sociedade. Não tiveram ações para o acesso a terra e moradia, além de que a disputa do mercado de trabalho com imigrantes, majoritariamente europeus e seus descendentes, foi socialmente injusta ao longo da história.
''Mas minha alma resiste e o meu corpo é bom de luta, eu sei o que é bom e o que é bom deve ser meu". Esse trecho do canto feito no Congresso Nacional por Lazo Matumbi, em 2019, expressa artisticamente a resistência histórica das negras e negros brasileiros na busca e conquista de direitos em todas as esferas. Diariamente, a população negra luta e resiste contra os descasos e planos destrutivos de um sistema liderado por pessoas brancas privilegiadas e racistas.
Já existem políticas de reparação conquistadas por movimentos sociais como as cotas (reservas de vagas em instituições públicas ou privadas para grupos específicos classificados por etnias) por exemplo, mas, como vimos os indicadores sociais apontam que, mesmo depois de mais de um século, após a abolição, ainda é extrema a necessidade de ampliar as politicas para garantir a equidade de oportunidades rumo a liberdade do povo negro do Brasil.
Jovens autoras:
Tatiane Souza Santos, Rosiane Santos de Souza, Juliane Santos da Silva, Emilly Vitória Almeida Santos, Edvânia Nascimento Soares, Julia Veiga, Michele Nascimento
Jovens do curso de Redação e Literatura, Preparatório para o ENEM do Grãos de Luz e Griô com a professora Líllian Pacheco.
Desenho de Rosevânia Machado, acervo curso de pedagogia griô BA.